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Lugar de Mulher é onde ela quiser, conheça a Fotógrafa Cristiane Mattos

Cristiane Mattos, 44 anos, nasceu em Contagem/MG, tem curso superior incompleto em História, seu verdadeiro sonho era cursar Belas Artes, embora não tenha tido o embasamento teórico se enveredou no mundo das Artes nos rabiscos em grafite, na pintura de telas e por último na fotografia. Técnica em Designer Gráfico, primeiro contato com a fotografia profissional viu a oportunidade de trabalhar com fotografia.

 

Autodidata viu a necessidade de aprimorar técnicas Participou de vários Congresso de fotografia . Nasceu daí o amor pelo fotojornalismo “não é apenas a fotografar, é como se pode conseguir colocar a emoção no que se faz”. A paixão pela fotografia é antiga, seu pai sempre gostou de fotografar e ela se encantava com a magia de ver as fotos projetadas na parede da sua casa. Há apenas oito anos decidiu ter como profissão a arte de fotografar. Em 2009 Iniciou os estudos em fotografia, de forma autodidata. Em 2010 fez curso técnico profissionalizante na Escola de Imagem Em 2012 foi ingressou como repórter fotográfica do Jornal Contagem Em 2013 tornou-se colaboradora da Agência Futura Press de São Paulo como freelance. Mesmo tendo consciência que o mercado da fotografia esportiva é muito concorrido existem muitos fotógrafos com anos de experiências, tinha a intenção de ter contato com pessoas ligadas diretamente ao esporte. Paralelo ao fotojornalismo, fazia também a fotografia social e em 2013 fez a cobertura do julgamento do goleiro Bruno do Flamengo para uma agência de SP. Era um novo mundo a desbravar.

Sobre a profissão: Bem diferente das outras técnicas fotográficas a fotografia esportiva é aplicada em diversas situações esportivas e com noção de continuidade, velocidade e movimento. Hoje pra você para ter acesso a um estádio de futebol, e necessário ser associado à ARFOC (Associação Brasileira dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos) e para isso é imprescindível que se tenha um bom portfólio e no mínimo 3 anos de publicações.

— Existem varias modalidades esportivas que não exigem credenciamento, para juntar esse material a minha dica é participe ativamente de evento esportivos na sua cidade, futebol de várzea, vôlei, pistas de skate, se você acha que tem potencial faça boas fotos, procure a assessoria de imprensa responsável pelo evento tente vender as suas fotos, ou então faça uma permuta, peça pra pagarem o seu transporte, a sua alimentação e hospedagem caso seja necessário em troca de algumas fotos para divulgação, assim você tem a oportunidade de mostrar o seu trabalho e permitir que outras pessoas conheçam e montar o seu portfólio , quem sabe no próximo ano você possa ser o fotografo oficial — Declara Cristiane Mattos.

Sobre o freelance: Você faz uma parceria com agências de fotojornalismo e elas ficam com uma porcentagem do valor arrecadado com as vendas. Algumas praticam 50% e 50% e outras 40% pra agência e 60% pro fotógrafo. Se for um evento bom, você pode até ganhar um bom dinheiro, mas corre o risco também de sair de casa e não ganhar nada levando em consideração que a maioria dos eventos hoje possuem fotógrafos que fazem o trabalho de divulgação e especificamente no futebol existem os fotógrafos dos clubes que disponibilizam em tempo real todo material durante a partida. Em raras ocasiões agências nacionais pagam por saída.

Cristiane Mattos fazendo cobertura dos jogos

Quais foram as maiores dificuldades que enfrentou e como lidou com ela ? A maior dificuldade foi o medo e a insegurança, você encontra pessoas legais que se dispõe a ajudar e pessoas desagradáveis que tentam desanimar-te. O equipamento também acaba sendo um cartão de visita, se você chega lá com uma câmera de entrada e uma 70 200, você não é visto com bons olhos. — O preparo físico também foi uma dificuldade, acaba a influenciar diretamente no desempenho. Outra dificuldade são as mesmas que todo profissional do esporte enfrenta, receber pelo trabalho o que realmente ele vale. Assim como em outras profissões “dominadas” por homens, as mulheres têm que passar por situações em que não se sentem tão respeitadas quanto um profissional do sexo masculino, mesmo que sejam tão competentes quanto eles. A discriminação, apesar de menor que em tempos passados, ainda existe; isso é evidenciado por toda situação em que uma mulher é tratada como “frágil demais”, chamada de “queridinha”, ou pior, quando deixa de receber uma tarefa para que um homem possa realizá-la —Esclarece a fotógrafa.

Embora existam situações preconceituosas em "ambientes masculino", Cristiane Mattos se sente acolhida e respeitada no ambiente de trabalho.

- No passado era pior o mundo era muito mais machista, hoje melhorou muito mas o preconceito ainda existe. Inspiração para jovens iniciantes: — Ter uma referência forte na fotografia de pessoas que tenham consistência no mercado é essencial. Dominar o seu equipamento. Não veja na fotografia só a oportunidade de ganhar só dinheiro, procure contar uma historia que eternize aquele momento. O mundo precisa de novas ideias, novas fotografias, o espaço para o fotojornalista tem diminuído significativamente, editores de fotografias em redações é raridade porque o mesmo jornalista que escreve o texto faz a fotografia — Finaliza Cris.


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